ANDRONITIS







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Frustrar-se com a quantidade de tempo necessário para se conhecer bem alguém 

Quem nunca se pegou pensando ou conhece alguém que sempre se pergunta quanto tempo levaria para ser feliz depois de uma grande decepção, depois de definitivamente só quebrar a cara incansavelmente? Essa pessoa não é você e nem conhece ninguém? Pois bem, prazer, me chamo Lucas Rafael Oliveira, pisciano, 20 anos e graduando pelo Departamento de Enfermagem pela Universidade de Uberaba. 

Neste blog, irei contar cada experiência que tive em vários temas do projeto de John Koening. O tema de hoje é complicado para mim, sempre me pego na dúvida do porque precisa ser assim tão demorado o processo de conhecer bem alguém, não seria tão mais fácil um botão que você transferia um resumo da pessoa para seu sistema nervoso central e a partir dali estaria tudo mais fácil? Mas infelizmente não é assim que as coisas funcionam.

Sou um homem ansioso e ao mesmo tempo não estou nem ai, amoroso e instantaneamente um iceberg, mas lá no fundo eu sou só coração e nada de cérebro. Aí você pode se perguntar, como assim Lucas, mais coração do que cérebro? Simples, eu tomo decisões baseadas no sentimento e não no raciocínio, e sim, isso me trás muitos problemas e não, por mais que tente isso não muda.

Conhecer alguém nos exige paciência, tempo, dedicação e principalmente interesse. Muita das vezes passamos por todo o processo de conhecer bem alguém pelo simples fato de suprir nossas necessidades humanas básicas como o SEXO, não sejamos hipócritas de negar. Não é um crime, mas também é algo certo? A resposta é sim se a outra pessoa também estiver com os mesmos objetivos que o seu, se sua resposta for não, por favor, vá desfazer a besteira que você está plantando e alimentando, não faça isso.

Nos últimos meses estou em luta constante comigo mesmo, a carência, a solidão, a necessidade de ter alguém na minha vida para compartilhar momentos é imensa, intensa e continua, e eu luto dia após dia para vencer isso. Se eu sou feliz? Demais. Eu tenho amigos maravilhosos que me apoiam, me dão forças e não me deixam com que me perca no caminho da sobriedade psicológica e espiritual. 

Momento louco da astrologia: nós piscianos temos a mania de fantasiar nosso mundinho e querer por toda maneira fazer acontecer, fantasiar o príncipe encantado chegando no cavalo branco e levando pro castelo lindo no alto da montanha e lá, ser feliz para sempre. É, somos uma completa loucura, uma bomba de fantasia, amor, alegria, drama e tragédia. 

Mas como já dizia minha vó: "você não sabe do dia de amanhã.", e não sabemos mesmo, quem diria que algum dia eu iria amar novamente, e esse 'amar' iria me machucar tanto. O engraçado é que mesmo machucando é um amor bagunçado, amor bom e louco, aquele que faz nosso estômago virar uma bagunça total em questão de segundos, e aqui entre nós, esse é sem dúvida o melhor.

Ontem meu dia foi simplesmente maravilhoso, pude sentir coisas novas que já são antigas, li mensagens que eu queria ter lido a meses atrás que não foram ditas, senti as centenas e malditas borboletas no meu estômago que me fazem querer vomitar, aquele vômito de alegria e total adrenalina. 

Mas como dizer a filósofa contemporânea Inês Brasil: vamos fazer o que? 

Depois de lerem tudo isso vocês devem se perguntar o que isso tudo tem haver com o tempo que leva conhecer alguém, gente acorda, a resposta é simples, isso tudo aconteceu devido ao fato de conhecer a pessoa, todo o processo, as consequência do processo de conhecer. 

Se você ainda não entendeu, vamos lá. Primeiro você conhece, começa a construir algo (ou não) a partir disso, criam um vínculo e com ele a intimidade, digamos que vocês acham ou se conhecem o suficiente para assumir algo juntos (de agora em diante pensaremos a longo prazo, colocando a pessoa nos planos futuros), depois de longos anos juntos um de vocês começa a mudar seu comportamento e chega a conclusão que já deu o que tinha que dar e o fim da linha chegou.

Inicia-se o processo de desapego, para alguns sofrimento, dor, perda, melancolia; para outros simplesmente vida que segue.

Imagine-se em toda essa simulação de relacionamento que eu disse, escolha um lado e viva-o na sua mente, trabalhe ele no seu cérebro e veja as consequências (que ambos tem, querendo ou não) e pense, que o simples conhecer bem alguém te proporcionou, e daí te questiono, valeu a pena? 

Com toda certeza sempre vale a pena, e o motivo é imensamente simples, APRENDIZADO. Ora Lucas, viver isso tudo para servir como aprendizado? Com certeza, precisamos de tombos, tempestades e terremotos para nos tornarmos pessoas melhores. Óbvio que ninguém é igual a absolutamente ninguém, cada um absorve da sua maneira e particularmente, eu preciso viver a dor para melhorar. Necessito chorar horas, me entupir de chocolate, sorvete e mais chocolate, viver minha dor para criar minha resistência.

Obviamente não dá para ser forte sempre, mas nem toda vez que algo parecido nos acontece como a simulação que eu disse nos abalada, agora pode ser até mesmo um simples namoro de meses, era tudo lindo e maravilhoso, porém não era tão profundo a ponto de necessitar de sofrer a dor, ficamos tristes, sem ânimo mas nada melhor do que um banho, um filme e chocolates, e talvez lágrimas escorram, porém não com tanta frequência e nem quantidade.

Para finalizar eu deixo uma reflexão: Se vocês não podem amar a si mesmos, como podem amar outra pessoa? 

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